Evento

Casa Ramil volta com álbum ao vivo e shows em setembro

Gravação ocorreu durante a primeira temporada do projeto que reúne os músicos da família numa única apresentação

Foto: Nauro Junior - Especial - DP - Da esquerda, Kledir, Kleiton, João, Gutcha, Ian, Thiago e Vitor tocam, cantam e dividem-se nos solos de canções conhecidas pelo público

As reuniões da família durante os veraneios na casa do Laranjal inspiraram os Ramil a levar para o palco a alma desses momentos de descontração e muita música. Em 2018 o projeto Casa Ramil saiu do balneário pelotense rumo ao Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Reunidos no palco Kleiton, Kledir, Vitor, Ian, Gutcha, Thiago e João Ramil, pais, filhos, tios e sobrinhos, mas especialmente músicos, dividiram com o público, além da verve das suas carreiras artísticas, um pouco daqueles encontros ritmados pelo afeto e pela poesia. O resultado foi tão positivo que virou turnê e agora ganha registro em forma de áudio e vídeo. O lançamento do álbum foi na sexta-feira (24) e para quem quer também curtir a proposta ao vivo, o septeto está de volta para uma nova temporada. A apresentação em Pelotas será no dia 3 de setembro, no Theatro Guarany, às 19h.

Casa Ramil - Ao vivo, lançado pela Biscoito Fino, registra a primeira temporada do grupo no Theatro São Pedro, em 2018. No show os músicos interpretam juntos ou em formações menores canções como Deu pra ti, Vira Virou, Noite de São João e Estrela, Estrela, entre as 22 pinçadas não só do repertório de Kleiton, Kledir e Vitor, mas também de Ian, Thiago e Gutcha. A gravação é de André Colling, com mixagem e masterização de Leo Bracht (Transcendental Áudio). O espetáculo foi documentado em vídeo por Renato Falcão.

“A gente fala disco, mas é todo digital em formato de álbum. Esse material foi todo super bem gravado, foi tudo preparado com altíssimo nível de qualidade, tá muito bonito”, diz Kleiton Ramil, que mora no Rio de Janeiro e está vindo para o Rio Grande do Sul na próxima semana. O primeiro show é no dia 1º de setembro, em Porto Alegre. Paralelamente à gravação em áudio, o cineasta Renato Falcão registrou as imagens e com este material fez alguns vídeos, que estão na página do grupo no Youtube.

Na capa do álbum está a casa em que viveram todos os seis filhos de Dalva e Kléber. “Ali tem aqueles detalhes de coisas nossas, uma capa meio surrealista que reúne memórias da família.” E Casa Ramil faz referência a loja de móveis que o avô de Kleiton, Manuel Ramil, tinha em Montevidéu.

Desafio e aprendizagem
Muito bem-recebido pelo público, esse mesmo show da capital dos gaúchos passou também por São Paulo e Pelotas. “A energia em torno desse espetáculo é muito positiva. Além da enorme repercussão que teve esse nosso encontro com a geração mais nova, é um projeto muito gostoso”, fala o músico e escritor.

Kleiton Ramil relembra que antes da estreia não havia previsão de outras temporadas, até porque não é fácil reunir tantos artistas, com carreiras distintas, cada um com a sua agenda de trabalhos, no palco. Porém depois do primeiro show ficou claro que o projeto deveria ter uma continuação. “Conseguimos agora retomar.”

O músico, que em dupla com o irmão Kledir tem uma obra consagrada nacionalmente em mais de 40 anos de carreira, revela que montar Casa Ramil do zero foi um desafio e um aprendizado que enriqueceu a todos. “Trabalhar com a geração mais nova é um incentivo, nos mantém vivos, nos alerta para uma série de questões e novidades que estão acontecendo, das músicas deles que têm um conteúdo muito atual, na concepção dos arranjos, tudo isso tem sido muito bom em termos de aprendizado. Na época em que a dupla começou vivíamos o tempo da ditadura, era uma outra realidade social”, diz.

Ele atribui à união de estilos diferentes e ao repertório variado o sucesso do projeto. “Essa geração mais nova é muito talentosa, estamos felizes com esse projeto.” E os talentos para as artes não estão só no palco, Casa Ramil é mesmo uma empreitada em família. Nos bastidores estão: Karina Ramil (filha do Kleiton), diretora de cena; Isabel Ramil (filha do Vitor), que fez os vídeos e a iluminação em parceria com tio Marcelo Linhares, marido da Branca Ramil, irmã de K&K e Vitor, que assina a direção de produção e Kaio Ramil (filho do Kleiton), na produção executiva. “A gente brinca que estão faltando médicos, advogados ou dentistas nessa família, todo mundo quer ser artista e a gente acha isso maravilhoso”, fala Kleiton.

Da nova geração
A cantora, compositora e percussionista Gutcha Ramil é sobrinha de Kleiton, Kledir e Vitor e filha da Kátia, irmã deste trio. “Para mim é um barato tocar com eles. Como eu sou dessa segunda geração, a música sempre esteve presente na nossa casa, para além dos três tios que têm uma história consagrada na música, todos cantavam. Minha avó (a matriarca Dalva) cantava. Então a música sempre foi parte do nosso ambiente familiar.”

Gutcha, que nasceu em Pelotas mas foi pequena para Porto Alegre, estudou música desde criança e foi violinista (começou com seis anos) dedicada ao erudito até os 18 anos. Mas o universo musical da artista foi se ampliando e ela passou a se interessar pela música popular. Entre seus projetos estão o grupo Três Marias, juntamente com Dessa Ferreira, Pamela Amaro, Thayan Martins e Tamires Duarte. Uma proposta na qual ela vê semelhanças com os modelos que teve em casa. “Me dou conta que eu faço o que minha mãe e minha tia faziam muito que é cantar em parelha.”

Sobre cantar com o irmão dela, o Thiago, Gutcha fala que não é novidade. A cantora tem participação, tanto nos vocais quanto tocando instrumentos, nos quatro álbuns lançados por ele. “Sempre participei dos projetos musicais dele, fizemos shows juntos. E com o Ian (primo, filho de Vitor), não tanto quanto o Thiago, mas também participei de disco e shows dele, é um lugar familiar para nós.”

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